O padre Gustavo Gutiérrez, conhecido por sua ideologia comunista e por ser o criador da Teologia da Libertação, morreu aos 96 anos. Sua obra de 1971 propôs uma visão religiosa “revolucionária”, causando polêmica e atraindo críticos conservadores na América Latina.

Gutiérrez, membro da ordem dominicana, será sepultado no convento de Santo Domingo, em Lima. Ao longo da vida, enfrentou resistências dentro da Igreja, mas também foi celebrado, inclusive pelo Papa Francisco, por sua dedicação aos marginalizados.

Na década de 1980, Gutiérrez foi alvo de críticas do Vaticano, que via com cautela o uso do marxismo em suas análises teológicas. Mesmo assim, seu pensamento seguiu influenciando esquerdistas católicos pelo mundo.

Além de suas contribuições teológicas, Gutiérrez trabalhou por mais de 20 anos como sacerdote em uma paróquia de Lima. Recebeu diversos prêmios e homenagens por supostamente se um “defensor dos mais necessitados”.