A cidade de Juazeiro do Norte, localizada na região do Cariri, no Ceará, é amplamente reconhecida como a Capital da Fé, devido à influência de figuras como Padre Cícero e a Beata Maria de Araújo. No entanto, essa cidade também é o berço de outros personagens que perpetuam a resiliência e a força de seu povo. Entre essas figuras, destaca-se Plácido, um aluno-soldado do segundo pelotão da Turma 2 do Curso de Formação de Soldados da Polícia Militar do Ceará (PMCE). A história de vida de Plácido é um testemunho de determinação e de um indomável desejo de superar desafios. Nascido em Juazeiro do Norte, ele é um dos gêmeos de uma família profundamente unida, mas que ficou ainda mais conectada por conta da Polícia Militar do Ceará.

PassadoDesde cedo, Plácido teve que trabalhar para ajudar no sustento da família. “Durante a nossa infância, a gente sempre teve que ralar muito por conta da dificuldade. Era só meu pai que trabalhava, trabalhou em várias indústrias, em supermercado, e sempre foi complicado porque eram várias pessoas dentro de casa, seis pessoas, mas só uma pessoa trabalhando. Então, a gente sempre teve que se virar, desde cedo. Com os meus 15 anos, eu já fui atrás de emprego para poder ter as coisas, ter uma roupa. Eu sempre corri atrás”, relembra.A separação dos pais quando ele e seus irmãos atingiram a maioridade trouxe mais desafios, mas a união familiar foi fundamental. “Minha família sempre foi unida. Teve a separação dos meus pais, mas nossa família permaneceu unida”, ele explica.

Foi estudando em um Colégio Militar que Plácido começou a se interessar pela área de segurança. Ele e seu irmão gêmeo começaram a preparação para concursos públicos. “Quando saiu o edital em 2018, a gente começou a estudar do zero sem saber nada, começando a estudar do jeito que podia, sempre era eu e meu irmão, um apoiando o outro nos estudos, foi quando a gente pegou o gosto mesmo. Decidimos que era o que a gente queria para nossa vida”, expõe.O momento mais difícil para Plácido e seu irmão foi em 2021, quando, após tentar vários concursos em outros estados (Minas Gerais, Pará e Amapá), não conseguiram passar no concurso do Ceará. “A gente pensou até em desistir, parar, que isso não era pra gente “, admite.