A Amazônia e o Pantanal enfrentam os piores incêndios registrados em quase duas décadas, segundo cientistas do Observatório Europeu Copernicus. Dados recentes apontam que as queimadas ultrapassaram os padrões históricos, tanto em número de focos quanto na área afetada e nas emissões de carbono.As emissões acumuladas em todo o Brasil em 2024 já alcançaram 183 megatoneladas de carbono até setembro. Estados como Amazonas e Mato Grosso do Sul, onde estão as principais áreas da Amazônia e do Pantanal, apresentaram as maiores emissões nos últimos 22 anos, com 28 e 15 megatoneladas, respectivamente.A fumaça gerada pelos incêndios não ficou restrita ao Brasil, alcançando outras regiões e até atravessando o Atlântico. Mark Parrington, cientista do Serviço de Monitoramento da Atmosfera do Copernicus, destacou que os incêndios deste ano estão muito acima da média, agravados pelas condições climáticas como altas temperaturas e seca prolongada.Além do impacto nas áreas devastadas, os cientistas alertam que as emissões e a fumaça afetam significativamente a qualidade do ar, tanto localmente quanto em regiões mais distantes. Os incêndios do Pantanal e da Amazônia, segundo os pesquisadores, são considerados fora do comum até mesmo para o período de seca entre julho e setembro.O monitoramento contínuo desses eventos é essencial para avaliar os danos à atmosfera e as consequências para a qualidade do ar, finalizou Parrington.Com informação do Pleno News.