As medidas estudadas pelo governo Lula para tentar equilibrar as contas públicas têm encontrado resistência dentro do próprio Partido dos Trabalhadores (PT). Propostas como a desvinculação dos benefícios da Previdência e assistenciais do salário mínimo, além do aumento da idade mínima para aposentadoria, são vistas com desconfiança por parte da ala mais à esquerda do partido.Os ministros Fernando Haddad (Fazenda) e Simone Tebet (Planejamento) buscam implementar essas mudanças como parte de um plano para reduzir os gastos em 2024 e 2025. No entanto, muitos petistas argumentam que essas propostas podem prejudicar milhões de brasileiros, já que os benefícios são fundamentais para a economia de várias regiões, representando até 60% da renda de pequenos municípios.A presidente do PT, Gleisi Hoffmann, já demonstrou sua oposição a alterações no Benefício de Prestação Continuada (BPC), reforçando a tensão dentro do partido. Segundo ela, a preservação desses benefícios é essencial para evitar uma crise social, e cortes nessa área podem agravar a situação econômica de muitas famílias.Enquanto a equipe econômica defende as reformas como necessárias para conter o avanço das despesas, o impasse com a ala mais social do PT segue sendo um desafio para o governo Lula, que busca conciliar a estabilidade fiscal com a manutenção das políticas sociais que são marca do partido.Com informação do Pleno News.