Williams Dávila Barrios, ex-deputado e ex-governador do estado de Mérida, foi transferido de emergência nesta quarta-feira (14) para a Clínica Caracas, após seu estado de saúde se agravar enquanto estava sob custódia do Serviço Bolivariano de Inteligência Nacional (Sebin). Dávila, de 73 anos, passou recentemente por uma cirurgia cardíaca e chegou ao hospital apresentando desidratação profunda, febre e infecção urinária aguda, com risco de sepse.

O filho do opositor, William Alejandro Dávila, informou que a família soube da transferência por meio de contatos não oficiais, confirmando que seu pai estava detido no Helicoide, uma das principais sedes do Sebin em Caracas. Dávila é uma das cerca de 1.400 pessoas presas por motivos políticos desde o final de julho, segundo a ONG Foro Penal.

A Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) expressou preocupação com o desaparecimento forçado de Dávila, ressaltando que sua detenção é parte de uma campanha de repressão do regime de Nicolás Maduro para afastar opositores do debate público. A CIDH, ligada à Organização dos Estados Americanos (OEA), destacou que o caso de Dávila é emblemático das graves violações de direitos humanos na Venezuela.

Até o momento, o estado de saúde de Dávila permanece crítico, e a família segue em busca de informações oficiais sobre sua situação.

Com Imformações de Hora Brasil.