Em um comentário na Rádio Auriverde de Bauru nesta quinta (15), o advogado Klaudio Cóffani fez duras críticas ao uso de WhatsApp por autoridades judiciais para tratar de assuntos formais do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Em suas declarações, Cóffani questionou a lógica por trás da comunicação informal, usando como exemplo o cenário trágico do recente acidente aéreo que vitimou 62 pessoas em Vihedo-SP. “Podia ter um ministro do Supremo Tribunal Federal ali dentro”, disse, argumentando que se houvesse algum ministro do STF no voo acidentado, a ausência de procedimentos formais poderia comprometer a continuidade de processos judiciais.

Para ele, a comunicação oficial entre instituições como o STF e o TSE deve ocorrer por meio de ofícios e canais formais, como intranets próprias, assegurando a legalidade e a impessoalidade dos atos. Ele ressaltou que “pessoas jurídicas não morrem”, em contraste com os indivíduos que as representam, enfatizando a importância de manter registros formais que garantam a perpetuidade das instituições.

Cóffani criticou ainda da fala de Alexandre de Moraes, ministro do STF, que também era presidente do TSE, de que enviar documentos a si mesmo por meio do WhatsApp seria uma prática sem sentido. Segundo o advogado, esse argumento demonstra uma “desordem informacional” e uma tentativa de manipulação da verdade, afrontando princípios constitucionais como a legalidade e a impessoalidade.

O advogado acusou os ministros de estarem cientes das ilegalidades que cometem ao adotar tais práticas, sugerindo que essas ações configuram crimes previstos no Código Penal Brasileiro. Para Cóffani, tais atitudes desnudam a arbitrariedade com que o atual ministro Alexandre de Moraes conduz suas funções.