Em tempos de campanha eleitoral, alguns embates e acusações poderiam ser resolvidos de maneira simples e direta. Foi o que aconteceu na última quinta-feira (8), durante o debate na Band entre candidatos à Prefeitura de São Paulo, quando o deputado federal Guilherme Boulos, do PSOL, foi alvo de insinuações feitas por Pablo Marçal, candidato do PRTB.Marçal, conhecido por seu estilo polêmico e provocador, insinuou que Boulos seria usuário de cocaína, gerando um dos momentos mais tensos do debate. Em meio a sua participação, Marçal chegou a tapar uma das narinas com o dedo, simulando o uso da droga, enquanto se dirigia a Boulos para questioná-lo. Além disso, Marçal afirmou que Boulos conhece “todas as biqueiras” da cidade, sugerindo uma ligação entre o candidato do PSOL e o consumo de entorpecentes.Diante das acusações, Boulos reagiu com indignação, afirmando que Marçal possui traços de psicopatia e que seu partido, o PRTB, estaria envolvido com o tráfico de drogas. Além disso, o deputado anunciou que pretende processar o adversário, embora ainda esteja decidindo entre recorrer à Justiça Eleitoral ou à Justiça comum.No entanto, o ponto central dessa controvérsia poderia ser resolvido de forma bastante simples: um exame toxicológico. Se Boulos não tem nada a esconder, o caminho mais direto para desmentir as acusações seria realizar o exame e apresentar os resultados à população. Em meio a um debate eleitoral tão acirrado, onde acusações e ofensas são lançadas como armas de guerra, a verdade deve ser o principal critério. Se há acusações sérias, como as feitas por Marçal, a melhor resposta é a exposição dos fatos. A pergunta que fica é: Boulos vai mostrar o toxicológico? Em um cenário onde a política muitas vezes se perde em um jogo de acusações, a verdade deve prevalecer, e a transparência pode ser a chave para isso. Afinal, o eleitor merece clareza e compromisso com a verdade.