O clima de tensão domina a Venezuela após a prisão de mais de mil pessoas pelo governo. O número de detidos subiu para 1.062, de acordo com o Ministério Público, desde que começaram os protestos contra os resultados eleitorais. A população se manifesta desde segunda-feira (29) devido à fraude na reeleição de Nicolás Maduro, que alega ter vencido com 51% dos votos. Somente outras ditaduras e personalidades de esquerda pelo mundo já reconheceram a suposta vitória, mesmo sem a devida documentação que comprova o resultado de maneira íntegra.Durante coletiva de imprensa nesta quarta-feira (31), o procurador chavista Tarek William Saab afirmou que aqueles que comprovarem não ter participado de atos de violência serão libertados. No entanto, ele declarou que não haverá misericórdia para os culpados, prometendo punições severas. A repressão do governo resultou em pelo menos 11 mortes, conforme relatado pela organização Foro Penal, número não confirmado oficialmente pelo governo.As organizações internacionais têm sido criticadas por Saab, que desafia a noção de que os presos são meros manifestantes pacíficos. A oposição, liderada por figuras como María Corina Machado, denuncia uma escalada na repressão, com relatos de prisões arbitrárias e dequestros, incluindo o de Freddy Superlano, líder oposicionista.
Maduro, por sua vez, tenta manter o controle e prometeu divulgar todas as atas da eleição, alegando que uma conspiração está em andamento contra seu governo. Ele insiste que o sistema eleitoral foi hackeado, sem fornecer provas. A comunidade internacional observa atentamente a situação na Venezuela, enquanto a tensão e o medo se espalham pelas ruas do país.