O ditador venezuelano Nicolás Maduro elevou o tom em um comício nesta quarta-feira (17), ameaçando uma “guerra civil” caso perca as eleições presidenciais do dia 28 de julho. Em suas palavras, o país decidirá entre a paz e um “banho de sangue” se a oposição vencer, insinuando que a direita fascista poderá enganar a população e desestabilizar a nação.
Maduro destacou que a Venezuela não permitirá a entrega da Guiana Essequiba nem a privatização de direitos sociais. “Somos uma potência militar, policial e popular em cada rua, em cada comunidade. A união cívico-militar-policial não vai deixar que tirem nossa pátria”, declarou ele, reforçando sua disposição de manter o controle.
As declarações do ditador ocorrem em um contexto de forte tensão, após a líder da oposição, María Corina Machado, denunciar uma tentativa de assassinato. Ela afirmou que agentes do regime vandalizaram veículos de sua caravana, cortando freios e drenando óleo, na última terça-feira (16).
Pesquisas eleitorais recentes sugerem uma iminente derrota de Maduro, com o opositor Edmundo González Urrutia acumulando 59,1% das intenções de voto, contra 24,6% do ditador. As ameaças de Maduro são vistas como uma tentativa de intimidar e controlar o resultado eleitoral.