Nesta quarta-feira (17), em pronunciamento por videoconferência no Senado Federal, o senador Eduardo Girão (NOVO-CE) fez duras críticas à situação de segurança pública no Ceará. Girão lamentou a falta de soluções para os crimes violentos no estado, destacando que, em média, oito pessoas são assassinadas diariamente. Ele chamou a atenção para o fato de que o Ceará está entre os cinco estados mais violentos do Brasil, com uma taxa de mortes violentas por 100 mil habitantes superior a 30, conforme dados do Atlas da Violência.

O senador relatou casos de crimes políticos recentes, como o assassinato do vereador Erasmo Morais, no Crato, e do ex-secretário de Segurança Pública, Geilson Lima, em Icó. Ambos foram mortos por homens armados e encapuzados, evidenciando a gravidade da situação. Girão criticou a ineficácia das investigações, mencionando que esses e outros crimes continuam sem solução, o que ele atribui à omissão ou conivência das autoridades estaduais.

Girão também destacou a declaração do governador do Ceará, Elmano, durante a posse do novo secretário de Segurança, onde afirmou que “bandido será tratado como bandido”. O senador questionou como os criminosos eram tratados anteriormente e criticou a gestão estadual pela falta de controle sobre o crime organizado, especialmente nas comunidades de Fortaleza, onde facções criminosas impõem suas regras.

Ao encerrar seu pronunciamento, Eduardo Girão perguntou ao governador do Ceará por que os crimes políticos contra vereadores ainda não foram solucionados e se isso se deve à falta de capacidade, coragem ou vontade política. Ele expressou sua preocupação com a segurança pública e a necessidade urgente de ações efetivas para combater a violência no estado.