O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) manifestou “imensa tristeza” pela morte de Michel Nisembaum, brasileiro mantido refém pelo Hamas em Gaza. Embora Lula tenha afirmado que o Brasil continuará “lutando” e “engajado” na libertação dos cativos, a família de Michel criticou a falta de ação do governo, alegando que o presidente não cumpriu sua promessa de ajudar no caso.
Em entrevista ao Poder360 no dia 12, Ayla Harel, sobrinha de Michel, expressou decepção com Lula. Ela contou que sua mãe e a filha de Michel foram ao Brasil em dezembro e ouviram do presidente a promessa de que ele faria tudo para trazer Michel de volta. “Minha mãe disse: ‘O avião está esperando para o Michel. Ele [Lula] vai fazer tudo para ajudar’. Estamos em maio agora. Faz mais de quatro meses desde que minha mãe foi lá. Não ouvimos nada de Lula. Nada. Não sabemos nada do Michel,” desabafou Ayla.
Ayla também destacou que a postura de Lula não é coerente com suas declarações de novembro do ano passado, quando ele se comprometeu a não deixar nenhum brasileiro na Faixa de Gaza. Segundo Ayla, a família não teve mais contato com o governo ou a embaixada após a intervenção do líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA).
O exército israelense informou nesta sexta-feira (24) que recuperou o corpo de Michel Nisembaum, de 59 anos, morto após o ataque terrorista do Hamas em outubro. Lula, conhecido por suas posições críticas a Israel, expressou solidariedade à família de Michel e reafirmou o compromisso do Brasil com a libertação dos reféns e a busca por um cessar-fogo entre Israel e Palestina.