A prisão de Martins foi decretada com a alegação de que ele teria saído do Brasil a bordo de um avião presidencial em 30 de dezembro de 2022, junto com Bolsonaro.

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu manter a prisão de Filipe Martins, ex-assessor internacional da Presidência no governo Jair Bolsonaro (PL), negando o pedido de soltura apresentado pela defesa. Martins está preso desde 8 de fevereiro deste ano, após ser alvo da Operação Tempus Veritatis, que investiga uma suposta tentativa de golpe de Estado.

A prisão de Martins foi decretada com a alegação de que ele teria saído do Brasil a bordo de um avião presidencial em 30 de dezembro de 2022, junto com Bolsonaro. No entanto, a defesa apresentou documentos ao Judiciário comprovando que ele não deixou o país na aeronave. “O Departamento de Segurança Interna dos EUA informou que não há registro da entrada de Martins em Orlando quando Bolsonaro chegou ao país”, afirmou a defesa.

Em março, a Procuradoria-Geral da República (PGR) manifestou-se favorável à soltura do ex-assessor. Além disso, a Latam confirmou que Martins decolou em um voo de Brasília para Curitiba em 31 de dezembro de 2022. “A companhia aérea confirmou que ele viajou um dia depois da viagem de Bolsonaro”, destacou a defesa em novo recurso, apresentado em 23 de abril.

Apesar dessas provas, Moraes decidiu manter a prisão de Martins, alegando que as investigações ainda não foram concluídas e que é necessário continuar apurando o possível envolvimento do ex-assessor na suposta tentativa de golpe.

Por portal Novo Norte