Não podemos deixar de considerar o rancor que Lula nutre e o fato de que ele considera opositores como verdadeiros inimigos.
Desde que assumiu o poder, o governo de Luiz Inácio Lula da Silva tem demonstrado uma tolerância zero com as críticas, uma postura que contrasta com o seu tempo de oposição. Quem nao se lembra que durante os quatro anos do governo Bolsonaro, Lula e seus apoiadores, frequentemente auxiliados por uma parcela da extrema-imprensa, foram críticos ávidos das políticas e ações do então presidente. De volta à “cena do crime”, o atual governo parece enfurecer diante de críticas similares às que antes promoviam, o que ficou evidente durante a crise das enchentes no Rio Grande do Sul, onde as ações tardias ou insuficientes foram alvo de críticas severas.
Lula pode estar usando este momento de dor e comoção nacional para obter ganhos políticos. A presença de Paulo Pimenta, Ministro da Comunicação, em coletivas de imprensa sobre as enchentes é questionável, visto que sua pasta não está diretamente envolvida nas operações de resgate e assistência às vítimas. Essa escolha sugere uma tentativa do governo de capitalizar politicamente sobre a tragédia, posicionando figuras do alto escalão em papéis visíveis para talvez colher benefícios políticos, em detrimento de uma resposta mais focada e técnica à crise.
Não podemos deixar de considerar o rancor que Lula nutre e o fato de que ele considera opositores como verdadeiros inimigos. O Rio Grande do Sul, conhecido por sua inclinação política mais conservadora e seu forte segmento agropecuário, não parece ter recebido a atenção rápida que uma tragédia de tal magnitude exigiria. O governo federal demorou a agir, e essa hesitação é vista por críticos como um descaso para com um estado menos alinhado ideologicamente com o atual governo. A utilização das instituições e da imprensa para atacar os esforços locais de auxílio apenas intensifica a percepção de que a gestão atual usa crises para fins políticos ao invés de humanitários.
Houve hesitação em aceitar ajuda internacional durante as enchentes, uma postura que pode ser interpretada como um meio de preservar uma narrativa de eficiência, mesmo à custa de recursos humanos e materiais que poderiam beneficiar significativamente as vítimas. Esse comportamento pode refletir uma priorização da imagem do governo em detrimento das necessidades urgentes da população afetada.
Comentários nas redes sociais por parte de alguns apoiadores do governo, que expressaram sentimentos negativos em relação ao povo do Rio Grande do Sul, exacerbaram a situação. Tais manifestações, que incluíam declarações extremas sobre o estado dever “ser varrido do mapa” por suas tendências políticas, são vistas como reflexos da divisão política alimentada pelo governo que criou o “nós e eles”. Um eco das próprias visões do governo, ampliando ainda mais a divisão entre o executivo federal e partes significativas da população brasileira.
A gestão das enchentes no Rio Grande do Sul por parte do governo Lula ilustra uma série de falhas críticas e uma aparente priorização de interesses políticos sobre as necessidades imediatas da população. Não haveria maneira mais eficiente de deixar claro que Lula é o pior governante que o Brasil poderia ter.
Por portal Novo Norte