“Nós, alunos da UFT Campus Palmas, somos contra a greve. Engole o Choro e faz o L”, declarava a faixa, que incluía uma imagem do presidente Lula ao lado de um burro.
Uma faixa feita por alunos contrários à greve na Universidade Federal do Tocantins (UFT) provocou a ira de professores nesta quarta (24). Os estudantes expressaram discordância com a decisão de aderir à greve nacional, tomada pelos docentes em assembleia na tarde da terça-feira (23), quando a paralisação foi votada e aprovada.
“Nós, alunos da UFT Campus Palmas, somos contra a greve. Engole o Choro e faz o L”, declarava a faixa, que incluía uma imagem do presidente Lula ao lado de um burro. Alunos militantes de esquerda tentaram remover a faixa, porém foram impedidos por outros estudantes favoráveis à continuação das atividades acadêmicas.
A assembleia foi marcada por tensão, com relato de agressão contra um professor que teria criticado o governo Federal, afirmando que “tudo isso é culpa do presidente incompetente que vocês elegeram”, em referência a Lula. Professores sindicalizados e não sindicalizados de quase todos os campi, com exceção de Gurupi, decidiram pela adesão à greve, mas não houve unanimidade: foram 82 votos a favor e 43 contra. Esta divisão evidencia o embate ideológico na universidade quanto à questão da paralisação.
Nos detalhes da votação, no Campus de Arraias, 10 sindicalizados e 20 não sindicalizados apoiaram a greve. Em Miracema, contou-se 4 votos de sindicalizados e 7 de não sindicalizados favoráveis à paralisação, enquanto em Palmas, 22 sindicalizados e 16 não sindicalizados votaram pela greve. Em Porto Nacional, 2 sindicalizados e 1 não sindicalizado também votaram favoravelmente.
Com a aprovação da greve, a reitoria da UFT agora enfrenta o prazo de 72 horas para formalizar a adesão, necessitando da interrupção do calendário oficial para a efetivação da paralisação das atividades. A faixa, por sua vez, permanece como um ponto focal de tensões, refletindo o profundo divisionismo dentro da comunidade acadêmica frente às políticas educacionais em discussão.
Por portal Novo Norte