A dívida pública bruta do país, que é um indicador chave da saúde fiscal, também sofreu revisões.
O Fundo Monetário Internacional (FMI) divulgou novas projeções para a economia brasileira nesta quarta-feira (17), mostrando um cenário menos otimista para os próximos anos. Segundo o Monitor Fiscal, o Brasil deve enfrentar um déficit primário de 0,6% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2024, aumentando de uma previsão anterior de 0,2%. Em 2025, o déficit seria reduzido para 0,3%, com a expectativa de alcançar um superávit somente a partir de 2027.
A dívida pública bruta do país, que é um indicador chave da saúde fiscal, também sofreu revisões. Ela deve subir de 84,7% do PIB em 2023 para 86,7% em 2024, com projeções apontando para um aumento contínuo até 90,9% em 2026. Este aumento contrasta com a média de outros países emergentes, que está em torno de 70,3% do PIB.
Em contraste, a Argentina apresenta uma situação fiscal levemente mais estável, com uma dívida de 86,2% do PIB em 2024. O Brasil, por outro lado, só apresenta uma situação melhor que nações com crises significativas como Egito e Ucrânia.
O governo brasileiro enfrentou um déficit primário substancial em 2023, registrando R$ 230,54 bilhões, o segundo pior resultado desde 1997. Esse déficit foi intensificado pelo pagamento de R$ 92,388 bilhões em precatórios. Rogério Ceron, secretário do Tesouro Nacional, considerou o resultado final de 1,01% do PIB como “satisfatório”, dadas as circunstâncias, incluindo a aplicação de créditos extraordinários não contabilizados na meta fiscal.
Por portal Novo Norte