Bens do ex-presidente argentino foram bloqueados em investigações de corrupção e favorecimento a amigos em contratos de seguro
O ex-presidente presidente Alberto Fernández está no centro de um escândalo de corrupção que veio à tona após ele sair do governo. A justiça do país decidiu nesta terça (9) restringir seus bens e quebrar seus sigilos bancário e fiscal. A medida se estende a figuras próximas, como Héctor Martínez Sosa e María Marta Cantero, ligados ao ex-mandatário, segundo informações do Clarín. As investigações apontam para um esquema de contratação de seguros que beneficiou amigos de Fernández durante seu governo.
O caso ganhou corpo com as acusações do procurador federal Ramiro González contra Fernández e Alberto Pagliano, da Nación Seguros, por supostos abusos de poder e peculato. Os investigadores concentram-se no Decreto 823/2021, assinado por Fernández, que favoreceu a Nación Seguros SA em contratos públicos, eliminando a concorrência e a transparência no processo.
Intermediários como Martínez Sosa, Pablo Torres García e Oscar Castello teriam sido beneficiados ilicitamente, recebendo comissões exorbitantes e atuando em seleções dirigidas ou inexistentes. A análise indica que cinco seguradoras, relacionadas na investigação, dominaram 80% das comissões de seguros, implicando 33 pessoas e empresas em práticas corruptas.
Essas descobertas da Justiça argentina expõem uma possível rede de corrupção liderada por Fernández, destacando a extensão do favorecimento e das irregularidades em seu governo, o que agora enfrenta uma rigorosa análise judicial.
Por portal Novo Norte