A ação incluiu um mandado de busca e apreensão em sua residência, emitido pela 1ª Vara de Crimes Tributários, Organização Criminosa e Lavagem de Bens e Valores da Capital.
O contador João Muniz Leite, de 60 anos, tornou-se alvo da Operação Fim de Linha, realizada pelo Grupo Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) na manhã desta terça (9). Muniz, que já trabalhou para Fábio Luis Lula da Silva, o Lulinha, filho do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, é suspeito de participar de um esquema de lavagem de dinheiro por meio da empresa de ônibus UPBus. A ação incluiu um mandado de busca e apreensão em sua residência, emitido pela 1ª Vara de Crimes Tributários, Organização Criminosa e Lavagem de Bens e Valores da Capital.
As investigações, iniciadas em 2021 com a Operação Ataraxia, revelaram que Muniz acumulou ganhos suspeitos em loterias, totalizando 640 vitórias ao lado de sua esposa, Aleksandra Silveira Andriani. O casal teria obtido mais de R$ 20 milhões em prêmios. Além disso, Muniz é apontado como figura central na montagem do esquema de lavagem de dinheiro do Primeiro Comando da Capital (PCC), relacionando-se com empresários e criminosos para formar uma ampla rede de negócios ilícitos.
A UPBus, empresa no centro das acusações, registrou prejuízos significativos nos últimos anos, enquanto pagava milhões em “lucros distribuídos” a acionistas suspeitos de envolvimento em lavagem de dinheiro e outros crimes financeiros. A investigação também vincula Muniz a outras operações de lavagem relacionadas a empresas como Noroest Distribuidora de Combustíveis e Zipag Correspondente e Cobrança.
Os investigadores ainda exploram as conexões de Muniz com líderes do PCC e seu papel em ocultar movimentações financeiras ligadas ao tráfico de drogas e à organização criminosa. A complexidade do esquema, envolvendo múltiplas empresas e indivíduos, destaca a gravidade e o alcance das atividades ilícitas investigadas pela Operação Fim de Linha.
Por portal Novo Norte