Não teve aperto de mãos desta vez. A Petrobrás decidiu cancelar a licitação para afretamento de um novo navio-plataforma (FPSO) para o campo de Albacora, na Bacia de Campos. A informação consta em nota divulgada no site da Petronect, a qual o Petronotícias teve acesso. Duas empresas enviaram propostas na concorrência: a norueguesa BW Offshore (US$ 1,2 bilhão) e a brasileira Ocyan (US$ 1,7 bilhão). Contudo, depois não ter sucesso nas negociações com a BW, a Petrobrás tentou conversas com a Ocyan – e também não conseguiu o desconto pretendido. Sem outras propostas na mesa, a petroleira decidiu encerrar a licitação.
Em março, o diretor de engenharia, tecnologia e inovação da petroleira, Carlos Travassos, já havia comentado sobre as dificuldades que a companhia estava enfrentando na cadeia fornecedora. Especificamente sobre a licitação de Albacora, o diretor disse que era um “processo desafiador”, acrescentando também que o prazo para negociações com os proponentes seria encerrado em abril. Ainda não está claro se a Petrobrás abrirá outra concorrência para contratar uma embarcação afretada ou se vai considerar a possibilidade de construir uma unidade própria.
A ideia da Petrobrás é substituir as duas unidades atualmente em operação em Albacora pela nova plataforma, que irá operar em lâmina d’água de 670 metros. De acordo com o edital, a nova embarcação será interligada a 29 poços, sendo 18 produtores e outros 11 para injeção de água. O projeto de revitalização do campo contempla o desenvolvimento da produção do reservatório de Forno, na camada do pré-sal.
Albacora está a cerca de 110 km a leste do Cabo de São Tomé, no litoral norte do estado do Rio de Janeiro. Atualmente, a produção do campo acontece por meio das plataformas P-25, do tipo SS (Semi Submersível), e P-31, do tipo FPSO. A malha de escoamento de óleo da P-25 é constituída por um oleoduto que interliga a unidade à P-31.
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