Referência para as datas-bases de janeiro, o INPC acumulado em dezembro ficou em 3,7%. Segundo levantamento do Salariômetro (FIPE), nas negociações com data-base em janeiro (clique aqui para download), 90,2% dos reajustes já fechados ficaram acima da inflação, com reajuste mediano 2 p.p. acima do índice da inflação.Esse resultado está em linha com os reajustes medianos acima da inflação ocorrido durante todo o ano de 2023.

A geração de empregos do mês de dezembro registrou queda, como ocorre todos os anos em função da sazonalidade. Foi a única queda mensal de 2023. Segundo o Caged, o mês registrou saldo negativo de 430 mil empregos, próximo ao fechamento registrado em 2022 (455 mil). A taxa de desemprego continuou caindo e foi para 7,4%.

(A divulgação do Caged de janeiro apenas na data de hoje, com significativo atraso, impossibilitou o envio das informações no início do mês, como de hábito.)
NEGOCIAÇÕES EM JANEIRO DE 2024
Os dados do Salariômetro/FIPE mostram que, em janeiro de 2024, as negociações já fechadas com datas-base no mês registraram mediana de 5,7%, 2 p.p. acima da inflação acumulada em 12 meses. O expressivo ganho real do salário mínimo, junto com a inflação baixa, podem ter sido fatores com influência importante para diferença tão significativa. No mês de janeiro, 90,2% das negociações já concluídas apresentaram reajuste acima da inflação, 6,4% coincidentes com o índice e 3,4% inferiores.

Nesse cenário, os dados atualizados das datas-bases dos últimos 12 meses  registraram que em todos esses meses os reajustes foram acima da inflação do período, sendo os últimos 11 meses acima de 0,5 p.p., consolidando uma dinâmica diferente do ano anterior, de reajustes coincidentes à inflação. Após uma queda significativa em novembro, o volume de negociações acima da inflação seguiu em alta.

Esse dado corresponde a 499 instrumentos coletivos registrados no Sistema Mediador para o mês de janeiro, para uma média de 1.488 nos últimos 12 meses.A medida que os instrumentos vão sendo registrados em suas respectivas datas-base, é possivel observar uma variação nos indices. Dessa forma verificou-se alterações no volume de instrumentos em relação ao INPC.

Observando o consolidado das negociações ocorridas nos últimos 12 meses, 4,5% (5,8% no boletim anterior) apresentaram reajuste abaixo da inflação. As negociações com reajuste coincidente com a inflação correspondem a 15,2% (15,9% no boletim anterior) e outras 80,2% (78,2% no boletim anterior) ficaram acima da inflação.No boletim divulgado pelo Salariômetro (FIPE) também estão disponibilizadas outras informações relativas às negociações coletivas já concluídas:

O piso mediano de dezembro foi de R$ 1.492. No ano, o piso mediano é de R$ 1.585.Janeiro registrou o 21º mês consecutivo com reajuste mediano real igual ou acima da inflação, e o 14º mês seguido com reajuste acima da inflação
Quase 1/3 das negociações registradas em janeiro, ficaram entre 3 e 4 p.p. acima da inflação.Todos os setores tiveram reajuste real mediano acima da inflação.Todos os setores tiveram reajuste real mediano acima da inflação.Os 27 estados registraram reajuste real mediano acima da inflação.​​​

INFLAÇÃO
As projeções indicam uma estabilidade inicial acima de 3,5% até março de 2024. A partir de então, a projeção começa a cair chegando a 3% (Santander) e 2,9% (Itaú) em junho/2024. Na sequência começa a subir até dezembro de 2024, passando a manter uma estabilidade a partir de então.​​​Brasil abre 180 mil vagas de emprego em janeiroDados do Caged apontam que o Brasil abriu 180.395 vagas formais em janeiro de 2024. O setor de Serviços foi o que mais abriu vagas (80.587), com os 4 dos 5 setores registrando fechamento de vagas, exceção ao Comércio (fechamento de 38.212 vagas).

O resultado é o melhor para o mês desde 2021 – abertura de 254,3 mil empregos.Foram realizadas 2,07 milhões de contratações em janeiro de 2024. Em relação aos desligamentos, foram 1,89 milhão de casosO mês de janeiro de 2024 merece alguns destaques: 

O mês de janeiro voltou a registrar maior avanço na geração de emprego, na comparação com o mesmo mês do ano anterior.Em janeiro, os estados do Mato Grosso (1,88%), do Amapá (1,39%) e de Santa Catarina (1,06%) foram os que geraram maior criação relativa de vagas. Os únicos estados a registrarem fechamento de vagas foram o Maranhão (-0,13%) e o Acre (-0,03%).​

Desemprego volta a ter alta
A taxa de desemprego voltou a subir no trimestre móvel encerrado em janeiro, chegando a 7,6%. O resultado está abaixo do trimestre móvel anterior (agosto/2023 a outubro/2024), que foi de 7,6% no mesmo período do ano passado (8,4%).

A população desocupada ficou em 8,3 milhões, representa estabilidade por não ter uma variação relevante em termos estatísticos ao comparar com o mês anterior (8,1 milhões).O número de pessoas ocupadas cresceu chegando a 100,6 milhões, crescimento de 0,4%A taxa de subutilização ficou estável em 17,6% e caiu 1,2 ponto percentual ante o mesmo período do ano passado (18,7%), somando 20,3 milhões de pessoas.

A quantidade de empregados sem carteira no setor privado (13,4 milhões) ficou estável no trimestre, representando 39% da população ocupada.
 O rendimento real do trabalhador fechou janeiro de 2024 em R$ 3.078. Esse valor aponta alta de 1,6% no trimestre e 3,8% em 12 meses.