Organização movimentou mais de R$ 3 milhões em um ano
Macapá/AP. Nesta quinta-feira, 14/3, a Força Integrada de Combate ao Crime Organizado no Amapá (FICCO/AP) deflagrou a operação Leviatã. Foram cumpridos 30 mandados de busca e apreensão em Macapá, Santana/AP e no Instituto de Administração Penitenciária (IAPEN).
A investigação teve início após a análise de um celular apreendido em uma das celas do presídio em inspeção de rotina, de onde um dos chefes de organização criminosa atuante no Estado passava ordens de dentro do presídio para seus subordinados, que se encontram em liberdade.
O material apreendido mostrou um esquema em que o líder da organização, para garantir que a sua influência e suas atividades no mundo do crime não cessassem com a sua prisão, delegava funções para outras pessoas.
Entre os investigados, supostamente haveria um responsável por toda a movimentação financeira, guardando o dinheiro e efetuando pagamentos que iriam desde a aquisição de produtos ilegais, como armas e drogas, até a pagamento de consultas médicas e cirurgias para familiares de faccionados. Um outro indivíduo seria o responsável pela cobrança das pessoas que deviam a esta liderança, sobretudo com a venda de entorpecentes.
A Força Integrada identificou o líder do grupo orquestrava, por meio de seus dois “braços direitos”, uma rede criminosa que chegou a movimentar mais de R$ 3 milhões em menos de um ano. O dinheiro permaneceu em posse de terceiros, que podem ser caracterizados como “laranjas”, e também foi investido na criação de empresas estabelecidas em Macapá, mostrando indícios de tentativa de lavagem de capitais.
Operação Macaúba
Ainda nesta quinta-feira, a FICCO deflagrou uma segunda operação, batizada de Macaúba, no combate ao tráfico de entorpecentes em um conjunto habitacional na capital amapaense.
Sete mandados de busca e apreensão foram cumpridos contra indivíduos suspeitos de comercializarem e fabricarem entorpecentes, além de outros crimes como o de roubo e o de porte ilegal de arma de fogo.
Ao todo, mais de 100 policiais foram às ruas nesta manhã, em um esforço das forças policiais que fazem parte da FICCO para combater o crime organizado no estado do Amapá.
Os investigados na Operação Leviatã podem responder pelos crimes de tráfico de drogas, lavagem de dinheiro e por pertencerem a facção criminosa, podendo pegar mais de 30 anos de prisão.
Já para os investigados na operação Macaúba, as penas podem chegar a 23 anos, mais pagamento de multa.
Fazem parte da Força Integrada de Combate ao Crime Organizado no Amapá (FICCO/AP) a Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Polícia Militar, Polícia Civil, Polícia Penal (IAPEN) e SEJUSP/AP.
Por portal Novo Norte