Imparcialidade do STF e seu impacto na liberdade religiosa e na expressão política no Brasil.
O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), em entrevista à GloboNews na segunda-feira (11), mencionou a existência de uma suposta “narcomilícia evangélica” no Rio de Janeiro. A informação surgiu durante uma reunião técnica da Suprema Corte, liderada pelo ministro Luís Roberto Barroso. Segundo Mendes, houve menção a um grupo que integra narcotraficantes, milicianos e membros de uma rede evangélica, sem, contudo, apresentar provas concretas.
Na última sexta-feira (8), Barroso destacou, durante uma palestra na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio), a necessidade de combater o “uso abusivo” da religião na política. Ele argumentou que a fé deveria permanecer no âmbito privado, em vez de ser instrumentalizada por líderes políticos para fins eleitoreiros, criticando o que considera uma manipulação da religião para captar votos e atacar adversários políticos.
Essas declarações dos ministros foram percebidas como um ataque direto à comunidade evangélica, que tem demonstrado apoio majoritário ao ex-presidente Jair Bolsonaro e seus ideais conservadores. A falta de evidências nas acusações de Mendes e a ênfase de Barroso na relação entre religião e política têm suscitado debates sobre a imparcialidade do STF e seu impacto na liberdade religiosa e na expressão política no Brasil.
Por portal Novo Norte