Em 2017, Juquinha foi condenado a 10 anos e sete meses de prisão por crimes de formação de quadrilha e lavagem de dinheiro, mas segue recorrendo em liberdade. Esta não é a primeira tentativa do TCU de recuperar valores desviados por ele; em 2021, o Tribunal já havia tentado cobrar R$ 64 milhões, sem sucesso. Assad, por sua vez, está ligado à família do ex-presidente José Sarney.
O Tribunal de Contas da União (TCU) estabeleceu nesta terça-feira um prazo de 15 dias para José Francisco das Neves, ex-presidente da Valec conhecido como “Juquinha da Valec”, e Ulisses Assad, diretor de Engenharia, devolverem R$ 94 milhões aos cofres públicos. O valor corresponde a recursos desviados entre 2006 e 2009 em obras da ferrovia Norte-Sul, no Estado do Tocantins. A determinação ocorre após a conclusão de um processo que apurou superfaturamento em contratos da empresa.
Juquinha da Valec comandou a Valec desde 2003, durante o primeiro governo de Lula, e permaneceu no cargo por oito anos. O projeto da Norte-Sul, iniciado no governo José Sarney em 1985, tinha como objetivo ser a ‘espinha dorsal’ do sistema ferroviário brasileiro, interligando outras malhas e passando por dez estados. A obra, que inicialmente previa 1.500 quilômetros, hoje já ultrapassa os 2.000 quilômetros e consumiu mais de R$ 15 bilhões.
Em 2017, Juquinha foi condenado a 10 anos e sete meses de prisão por crimes de formação de quadrilha e lavagem de dinheiro, mas segue recorrendo em liberdade. Esta não é a primeira tentativa do TCU de recuperar valores desviados por ele; em 2021, o Tribunal já havia tentado cobrar R$ 64 milhões, sem sucesso. Assad, por sua vez, está ligado à família do ex-presidente José Sarney.
Caso a devolução dos R$ 94 milhões não ocorra dentro do prazo estabelecido, o TCU iniciará a cobrança por via judicial. A decisão ressalta o esforço contínuo das autoridades em responsabilizar gestores por malversação de recursos públicos e enfatiza a importância da ferrovia Norte-Sul para a infraestrutura nacional.
Por portal Novo Norte