As Forças Armadas do Brasil estão no centro de narrativas conflitantes, enfrentando críticas tanto da esquerda quanto da direita, de acordo com uma pesquisa recente da Palmer.
As Forças Armadas do Brasil estão no centro de narrativas conflitantes, enfrentando críticas tanto da esquerda quanto da direita, de acordo com uma pesquisa recente da Palmer. Esta análise, que examinou mais de 50 mil grupos públicos de WhatsApp e Telegram, mostra como cada espectro político interpreta o papel das Forças Armadas no contexto político atual. Para a esquerda, elas representam uma ameaça à democracia, com foco na impunidade de atos “golpistas” e crimes da ditadura militar. A direita, por outro lado, expressa desilusão por não ver as Forças Armadas agindo para alterar o resultado das eleições, esperando que comandantes de tropas promovam uma intervenção militar.
A esquerda destaca a ausência de punição para os envolvidos nos atos de 8 de janeiro, além de criticar os privilégios dos militares, como as pensões para filhas de militares. Essa percepção é agravada pela ironia usada nas críticas, sugerindo uma postura golpista das Forças Armadas. Já a direita se sente traída pela inação militar frente ao resultado eleitoral favorável ao presidente Lula, depositando esperanças em uma potencial intervenção militar que desobedeça às ordens dos generais.
Além das críticas institucionais, a direita utiliza a analogia do filme “Vida de Inseto” para ilustrar sua visão de exploração pelo STF e outras elites, comparando o povo a formigas sob o domínio dos “gafanhotos”. Essa narrativa sugere uma necessidade de união e ação coletiva para superar a opressão.
O estudo evidencia a profunda polarização em torno das Forças Armadas, refletindo a divisão política do país. Enquanto a esquerda as acusa de ameaçar a democracia com sua impunidade e privilégios, a direita as vê como uma esperança para reverter a ordem política atual, apesar de se sentir traída pela sua passividade recente.
Com informações da Folha e Sociedade Militar.
Por portal Novo Norte