As facções têm impacto significativo dentro e fora dos presídios, realizando atentados, resgates de detentos, e motins.
Um relatório sigiloso do Ministério da Justiça e da Segurança Pública, divulgado pelo Estadão, indica a existência de pelo menos 72 facções criminosas operando dentro do sistema carcerário brasileiro. O documento, baseado em informações de agências de inteligência penitenciária dos 26 Estados e do Distrito Federal, mostra a predominância do Primeiro Comando da Capital (PCC) e do Comando Vermelho (CV) em quase todo o território nacional, além da proliferação de grupos menores com influência localizada.
Especialistas apontam que as prisões funcionam como centros de comando para o crime organizado, onde líderes coordenam ações criminosas e recrutam novos membros. A falta de controle efetivo e as condições precárias das instalações facilitam essa dinâmica. O relatório da Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen) critica a desordem e a falta de supervisão estatal, que favorecem a formação e o fortalecimento dessas organizações criminosas.
As facções têm impacto significativo dentro e fora dos presídios, realizando atentados, resgates de detentos, e motins. O PCC domina em 23 Estados, enquanto o CV está presente em 20. O relatório também destaca uma fuga recente na Penitenciária Federal de Mossoró (RN), evidenciando falhas na segurança do sistema penitenciário nacional.
Para combater a influência dessas facções, o relatório sugere aumentar a capacidade do sistema prisional, padronizar procedimentos de segurança, utilizar monitoramento eletrônico para presos em regimes semiaberto e aberto, promover a integração das forças policiais e oferecer trabalho e educação aos detentos.
Por portal Novo Norte