José Garcia Netto, conselheiro do presidente petista, é alvo de inquérito sobre irregularidades financeiras.
A Polícia Federal (PF) abriu, em julho de 2023, uma investigação sobre José Garcia Netto, empresário do setor de mobilidade urbana e membro do Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável (CDESS), conhecido como o “Conselhão” de Lula. A empresa Caruana S.A., liderada por Netto, é suspeita de cometer fraudes milionárias contra o sistema financeiro, envolvendo manobras fiscais irregulares. O inquérito, conduzido pela Delegacia de Repressão à Corrupção e Crimes Financeiros (Delecor), visa esclarecer as atividades suspeitas ocorridas entre 2017 e 2019.
Segundo denúncias do Banco Central (BC) enviadas à PF em maio de 2023, a Caruana S.A. alterou modelos de classificação de risco para facilitar empréstimos acima da capacidade de pagamento de 31 empresas. Essas ações, que desviavam das normas do BC, colocam Netto na mira da justiça por possivelmente gerir fraudulentamente uma instituição financeira, entre outros crimes. A investigação também aponta para a prática de “maquiagem” contábil para ocultar prejuízos, contrariando princípios fiscais de liquidez.
Além disso, a Caruana tem histórico de financiar inovações no transporte de passageiros, mantendo relações com empresas de transporte coletivo desde 2013. A empresa financiou a compra de frotas e controlou sistemas de bilhetagem, expandindo suas operações para incluir serviços de crédito no comércio local.
Este caso ganha destaque por envolver um integrante do “Conselhão”, grupo reestabelecido por Lula após ser extinto por Jair Bolsonaro. Composto por 245 membros de diversos setores, o conselho visa discutir políticas públicas para fomentar o crescimento econômico e a equidade social. A função de Netto no conselho, embora não remunerada, ressalta a gravidade das acusações no contexto de suas relações governamentais.
Por portal Novo Norte