Editorial do Estadão aponta para uma discordância fundamental entre as perspectivas de Alckmin e as políticas tradicionalmente defendidas pelo PT, notadamente no que tange à autonomia do Banco Central, marco do saneamento, e as reformas trabalhista e da Previdência.
O editorial do Estadão desta sexta-feira (23) ressalta as declarações de Geraldo Alckmin, vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, sobre a necessidade premente de reduzir o “Custo Brasil” para fomentar a competitividade e a produtividade nacional. Durante um encontro na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP), Alckmin enfatizou que, sem reformas trabalhista, tributária, previdenciária e administrativa, o Brasil continua a enfrentar dificuldades significativas para exportar produtos não primários, devido ao alto custo operacional.
O editorial destaca que, conforme análise do Movimento Brasil Competitivo, o Brasil sofre com despesas adicionais que impactam as empresas em cerca de 20% do PIB, quando comparado com países membros da OCDE. Esse cenário é agravado por múltiplos fatores, incluindo mão de obra pouco qualificada, tributação complexa, infraestrutura inadequada, entre outros.
A despeito das reformas implementadas nos últimos anos, como a da Previdência e a autonomia do Banco Central, que visam aliviar a pressão fiscal e controlar a inflação, Alckmin sugere que mais ações são necessárias. O editorial aponta para uma discordância fundamental entre as perspectivas de Alckmin e as políticas tradicionalmente defendidas pelo PT, notadamente no que tange à autonomia do Banco Central, marco do saneamento, e as reformas trabalhista e da Previdência. O Estadão critica a atual administração por não avançar nessas áreas, atribuindo a resistência a uma falta de vontade política e a compromissos partidários anteriores.
Finalmente, o texto do Estadão questiona a consistência das políticas do governo atual frente aos desafios econômicos do país, destacando o contraste entre a retórica de Alckmin e a prática governamental, especialmente em relação à redução do desperdício de dinheiro público e à implementação de reformas estruturais que poderiam aliviar o custo Brasil. A clara discrepância entre as visões de Alckmin e do PT sobre como enfrentar esses desafios sugere um desalinhamento que pode impactar a eficácia das políticas públicas necessárias para o desenvolvimento econômico do país.
Por portal Novo Norte