Na manhã desta quinta-feira (9), agentes visitaram a residência de veraneio de Bolsonaro em Angra dos Reis, Rio de Janeiro, exigindo a entrega de seu passaporte, que se encontra em Brasília
A Polícia Federal deflagrou a Operação Tempus Veritatis, realizando ações que envolveram diretamente o ex-presidente Jair Bolsonaro, além de aliados e ex-ministros de seu governo. Na manhã desta quinta-feira (9), agentes visitaram a residência de veraneio de Bolsonaro em Angra dos Reis, Rio de Janeiro, exigindo a entrega de seu passaporte, que se encontra em Brasília. Bolsonaro confirmou o encontro com os policiais e a ordem de entregar o documento no prazo de 24 horas, além de uma medida cautelar que o proíbe de contatar outros investigados pela operação.
Durante a operação na casa de Bolsonaro, a Polícia Federal também cumpriu um mandado de busca e apreensão contra Tércio Arnaud, assessor do ex-presidente, resultando na apreensão de seu celular. A ação integra os esforços da PF para investigar uma suposta organização que buscava obter vantagens políticas para manter Bolsonaro no poder.
A operação nacional executou 33 mandados de busca e apreensão e quatro mandados de prisão preventiva, além de 48 medidas cautelares, sob a autorização do Supremo Tribunal Federal (STF). Os estados alvo incluem Amazonas, Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Ceará, Espírito Santo, Paraná, Goiás e o Distrito Federal.
Entre os investigados estão ex-ministros como Anderson Torres (Justiça), Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional), Walter Braga Netto (candidato a vice-presidente na chapa de Bolsonaro em 2022), Sérgio Nogueira (Defesa) e Valdemar Costa Neto (presidente do Partido Liberal). Filipe Martins, ex-assessor presidencial, e o coronel Marcelo Câmara, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, estão entre os detidos.