Os servidores da Abin propuseram a criação de uma vara judiciária especializada para garantir a legitimidade e a segurança jurídica das operações de inteligência
A substituição de altos funcionários da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) feita por Lula da Silva, escolhendo indivíduos sem experiência prévia em inteligência, provocou críticas e revolta dos servidores da agência.
Eles argumentam que as nomeações recentes transformaram a Abin em um cabide de empregos e comprometem a integridade operacional da agência, enfatizando a importância de lideranças qualificadas e experientes para a condução de suas atividades essenciais de inteligência.
A exoneração do segundo em comando da Abin, Alessandro Moretti, junto com outros seis diretores, ocorreou após investigações pela Polícia Federal sobre supostos monitoramentos ilegais durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro. Apesar das controvérsias, Lula manteve Luiz Fernando Corrêa, um delegado de sua confiança, na liderança da Abin, mesmo diante de acusações de tentativas de ocultar práticas ilegais entre a gestão atual e a anterior.
Os servidores da Abin propuseram a criação de uma vara judiciária especializada para garantir a legitimidade e a segurança jurídica das operações de inteligência, refletindo uma preocupação crescente com o uso político da agência. Eles defendem uma reforma urgente no sistema de inteligência para estabelecer claramente suas funções e métodos de trabalho, protegendo a agência de influências político-partidárias.