Em nota emitida por sua assessoria de imprensa, Pacheco expressou a intenção de encaminhar um ofício ao STF para obter os nomes dos parlamentares supostamente espionados
O presidente do Congresso Nacional, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), anunciou nesta segunda-feira (29) que requisitará ao Supremo Tribunal Federal (STF) a relação de parlamentares que teriam supostamente sido monitorados “clandestinamente” pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin) no período em que Jair Bolsonaro (PL) esteve à frente da presidência.
A declaração foi feita após a divulgação de uma operação da Polícia Federal que investiga a existência de uma “Abin paralela”, atuante durante o governo Bolsonaro. A investigação aponta que a agência teria espionado adversários políticos, incluindo políticos e membros do STF, utilizando o software FirstMile.
Em nota emitida por sua assessoria de imprensa, Pacheco expressou a intenção de encaminhar um ofício ao STF para obter os nomes dos parlamentares supostamente espionados. A atitude de Pacheco vem em resposta às crescentes demandas de outros parlamentares que buscam esclarecimentos sobre o alcance das atividades de espionagem da Abin. Este movimento do presidente do Congresso reflete a preocupação com as implicações da espionagem sobre a integridade das instituições democráticas brasileiras.
O caso veio a público na última quinta-feira (25), com a execução de 21 mandados de busca e apreensão pela Polícia Federal, incluindo o deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ), ex-diretor da Abin e suposto líder do esquema de espionagem ilegal.
A investigação teve um novo desdobramento nesta segunda, com o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ), filho de Jair Bolsonaro, sendo alvo de uma operação de busca e apreensão em sua residência e no gabinete na Câmara Municipal do Rio de Janeiro. Carlos Bolsonaro é suspeito de ter recebido informações da “Abin paralela”, conforme investigações do Metrópoles.