A sessão, que tinha como pauta a apresentação do orçamento de 2024, foi interrompida pelo clamor dos parentes das vítimas do sequestro
Familiares dos cidadãos israelenses sequestrados pelo grupo terrorista Hamas invadiram o parlamento israelense nesta segunda (22). O grupo clamava pela libertação dos reféns. A ação marcante aconteceu em um contexto onde o Hamas ameaçou: “A escolha é de vocês, em caixões ou vivos… Seu governo mente, o tempo está se esgotando.”
A sessão, que tinha como pauta a apresentação do orçamento de 2024, foi interrompida pelo clamor dos parentes das vítimas do sequestro. A proposta orçamentária, notadamente maior do que a anterior, inclui alocamentos significativos para despesas militares e de guerra. Os manifestantes, trajando camisetas pretas e portando cartazes, expressaram seu pânico e frustração diante da situação, exigindo ações imediatas para a liberação dos aproximadamente 130 israelenses ainda detidos em Gaza.
O Primeiro-Ministro Benjamin Netanyahu, em resposta às ameaças do Hamas e à invasão da sessão do comitê, pronunciou-se em um discurso televisivo. Ele rejeitou as exigências do grupo, argumentando que ceder às demandas do Hamas poderia tornar Israel mais suscetível a futuras ameaças. Ofir Akunis, Ministro da Inovação, Ciência e Tecnologia, reforçou essa posição, declarando que Israel não aceitará termos impostos pelo Hamas e que o conflito persistirá até que o grupo seja completamente neutralizado. A interrupção levou Moshe Gafni, presidente do comitê e membro do partido Judaísmo Unido da Torá, a anunciar um intervalo na sessão e expressar solidariedade às famílias dos reféns. Enquanto isso, outros familiares e apoiadores iniciaram um acampamento fora da residência do primeiro-ministro e do edifício do Knesset.