Dallagnol destacou uma série de pontos que, segundo ele, demonstram falhas na argumentação do jornalista Octavio Guedes
Em uma publicação no Twitter nesta quinta (11), Deltan Dallagnol, ex-procurador da República e figura importante na operação Lava Jato, expôs sua opinião sobre uma reportagem yrndenciosa da GloboNews. A matéria em questão discutia a nomeação de Ricardo Lewandowski, ex-ministro do STF, como novo ministro da Justiça, comparando sua situação com a do ex-juiz Sergio Moro.
Dallagnol destacou uma série de pontos que, segundo ele, demonstram falhas na argumentação do jornalista Octavio Guedes. Ele ressalta que, diferentemente de Lewandowski, que foi nomeado ao STF por indicação política de Lula em 2006, Moro era um juiz de carreira sem vínculos políticos antes de assumir um cargo no governo Bolsonaro.
Ele também enfatiza que a condenação de Lula foi confirmada por instâncias superiores, como o TRF4 e o STJ, e que a prisão do ex-presidente só ocorreu após decisão majoritária do STF. Além disso, Dallagnol argumenta que o fato de Moro ter aceitado ser Ministro da Justiça não é, por si só, prova de parcialidade, como sugerido na matéria.
Sobre a divulgação dos áudios envolvendo Lula e Dilma, Dallagnol esclarece que Moro não os divulgou diretamente, mas levantou o sigilo do processo após a execução das medidas cautelares, tornando-os públicos.
Ele também corrige Guedes quanto à afirmação de que Moro impediu a nomeação de Lula como ministro da Casa Civil, apontando que a decisão foi do ministro Gilmar Mendes, do STF.
Por fim, Dallagnol critica a abordagem do jornalista sobre a delação de Antonio Palocci e a decisão que impediu Lula de concorrer à presidência, destacando que Moro já havia condenado Lula muito antes da ascensão de Bolsonaro como candidato viável e que as decisões judiciais foram tomadas por instâncias superiores.
O ex-procurador conclui afirmando que a comparação entre Moro e Lewandowski é inadequada e tendenciosa, acusando a GloboNews de uma cobertura parcial e desinformada.