A oposição já se mobiliza para reverter esse veto, considerado por muitos como uma afronta aos valores tradicionais.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva vetou nesta terça (2) uma emenda da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) que proibia o uso de fundos públicos para aborto e mudança de sexo. Este veto, amplamente criticado por setores conservadores, marca uma decisão questionável do governo, que agora permite o financiamento de práticas ideológicas com recursos da União.
A emenda vetada, proposta pelo deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), visava impedir o financiamento de cinco áreas específicas, incluindo ações que influenciam crianças e adolescentes em suas opções sexuais e a desconstrução do conceito de família tradicional. A decisão do governo de vetar essa emenda gerou um cenário de insegurança jurídica e ética, conforme expresso pelo Palácio do Planalto, que destacou a vagueza na proibição de despesas que “direta ou indiretamente promovam, incentivem ou financiem” tais práticas.
A oposição já se mobiliza para reverter esse veto, considerado por muitos como uma afronta aos valores tradicionais. A deputada Bia Kicis (PL-DF) manifestou-se fortemente contra o veto, enfatizando a necessidade urgente de ação: “Precisamos trabalhar para derrubar esse veto, é absurdo vetar uma coisa tão óbvia”.
Apesar das medidas visando o equilíbrio fiscal e a transparência na gestão dos recursos públicos, Lula manteve o fundo eleitoral de R$ 4,9 bilhões para as eleições deste ano.