A região do Matopiba, que abrange áreas dos estados de Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia, foi um dos focos principais desse aumento
O ano de 2023 teve um aumento alarmante no desmatamento do Cerrado, com um acréscimo de 19% em relação ao ano anterior, culminando em 966 mil hectares afetados até 20 de dezembro. Esta escalada preocupante ficou evidente em novembro, quando a destruição da vegetação mais que duplicou em comparação com novembro de 2022, alcançando 115 mil hectares. Além disso, o mês de novembro de 2023 superou outubro em 5%, tornando-se o terceiro mês com maior devastação ambiental do ano. A região do Matopiba, que abrange áreas dos estados de Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia, foi um dos focos principais desse aumento.
Especialistas em meio ambiente ressaltam a gravidade da situação no Cerrado, com 2023 se configurando como um ano de recordes de desmatamento. O aumento atípico observado no final do ano desafia as expectativas habituais de uma redução nesse período. A savana continua sendo a vegetação mais afetada no Cerrado, seguida por formações campestres e florestais, estas últimas representando 21% do total de áreas desmatadas em novembro. Há uma ênfase na necessidade de incluir o Cerrado em debates globais sobre mudanças climáticas e biodiversidade para fortalecer políticas de conservação.
Olhando para o futuro, observa-se uma expectativa positiva entre os ambientalistas, que acreditam na possibilidade de uma redução significativa no desmatamento do Cerrado. Eles destacam a importância de replicar os esforços bem-sucedidos na Amazônia, com a esperança de que 2024 traga uma diminuição drástica na devastação do bioma. Essas informações e perspectivas foram baseadas nos relatórios do Sistema de Alerta de Desmatamento do Cerrado (SAD Cerrado), publicados em 20 de dezembro de 2023.