Durante a sabatina, Dino enfrentou questionamentos dos senadores de oposição sobre suas ações, omissões e declarações como Ministro da Justiça.
O senado Federal aprovou nesta quarta-feira (13) a indicação de Flávio Dino para uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF). Com 47 votos favoráveis e 31 contrários, a indicação do comunista pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi confirmada em votação secreta. A aprovação veio após uma sabatina de mais de 10 horas na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, que teve um resultado mais apertado, com 17 votos a favor e 10 contra.
Durante a sabatina, Dino enfrentou questionamentos dos senadores de oposição sobre suas ações, omissões e declarações como Ministro da Justiça. Ele optou por uma postura menos agressiva, evitando confrontos diretos. Em sua fala inicial, Dino destacou a importância da presença de políticos no STF e enfatizou seu compromisso com a harmonia entre os Poderes. Além disso, defendeu veementemente a integridade do Judiciário, contestando as críticas feitas pelo senador Magno Malta (PL-ES) ao STF.
Aos 55 anos, Dino, assumidamente comunista, será o primeiro senador a se tornar ministro do STF em três décadas, sucedendo a ministra aposentada Rosa Weber. Maranhense e filho de advogados, ele tem uma longa trajetória no Judiciário e na política. Foi juiz federal, governador do Maranhão, e recentemente eleito senador, não tendo assumido o mandato devido à sua nomeação como Ministro da Justiça. Com sua ascensão ao STF, a senadora Ana Paula Lobato (PSB-MA) ocupará sua vaga no Senado até 2030, marcando a primeira vez na Nova República que um suplente completa integralmente o mandato para o qual o titular foi eleito.