ANP oferta cinco blocos nesta quarta-feira (13/12); 65% da área do polígono do pré-sal ainda está descontratada, segundo a PPSA.

A ANP vai leiloar, nesta quarta (13/12), cinco blocos exploratórios do pré-sal, na primeira concorrência sem a Petrobras.

Mas, afinal, dez anos após o leilão de Libra (atual Mero), o que ainda resta dentro do polígono do pré-sal?

  • A Pré-Sal Petróleo S.A (PPSA) estima que 65% da área do polígono do pré-sal ainda está descontratada;
  • Somando os blocos oferecidos nesta quarta-feira e os novos ativos em avaliação, há 24 bilhões de barris de óleo, em estimativa preliminar da ANP.

Nesta quarta, vão à leilão áreas com volumes estimados de 18 bilhões de barris:

  • Turmalina (Campos) – com volume de óleo in place (VOIP) de 2,26 bilhões de barris;
  • Jade (Santos) – VOIP estimado em 2,91 bilhões de barris;
  • Cruzeiro do Sul (Santos) – a leste do campo de Tupi, maior campo produtor de petróleo do país, e a oeste do bloco BM-S-24 (Júpiter); 1,17 bilhão de barris de condensado e 1,82 bilhão de barris de óleo;
  • Tupinambá (Santos) – VOIP estimado em 4,2 bilhões de barris;
  • Esmeralda (Santos) – 5,88 bilhões de barris, o que inclui o prospecto de Tupã, no mesmo bloco.

Para ofertas futuras, há outros cerca de 6 bilhões de barris em diferentes estágios de análise interna pelo governo federal.

  • O Ministério de Minas e Energia já tem 11 blocos mapeados, incluindo algumas áreas já conhecidas do mercado, como Itaimbezinho (Bacia de Campos) e Ágata (Bacia de Santos).
  • O potencial é de 1,73 bilhão a 3,69 bilhões de barris de óleo in place não riscados, segundo o MME.
  • Na semana passada, a ANP aprovou, ainda, os estudos de mais duas áreas, para avaliação do MME: Rubi e Granada, ambos localizados na Bacia de Santos.

Antes da partilha, serão ofertados áreas em regime de concessão no primeiro leilão, às 9h, nesta quarta-feira.

  • São 33 setores com blocos exploratórios, localizados em nove bacias sedimentares.
  • Em terra, as ofertas serão nas bacias do Amazonas, Espírito Santo, Paraná, Potiguar, Recôncavo, Sergipe-Alagoas e Tucano.
  • Além disso, houve indicação de quatro setores na Bacia de Santos, quatro setores em bacias de nova fronteira terrestre (Paraná, Amazonas e Tucano Sul) e de um setor na porção marítima da Bacia Potiguar.

Apesar de não disputar as áreas do pré-sal, a Petrobras têm interesse nas áreas sob concessão, especialmente na Bacia de Pelotas.


Petróleo abaixo de US$ 70. O preço do petróleo fechou em queda de quase 4% nesta terça-feira (12/12), puxado pelo receito com a demanda pela commodity.

– O WTI para janeiro fechou em queda de 3,80%, a US$ 68,61 o barril. O Brent para fevereiro caiu 3,67%, a US$ 73,24 o barril.

Cade x Petrobras. Futuros integrantes do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) demonstraram preocupações com “abusos” da Petrobras durante sabatina na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) Senado Federal.

  • Diogo Thomson afirmou que o pedido da Petrobras para revisão dos termos de cessação de conduta (TCC) para abertura dos mercados de refino e gás natural não pode se tornar numa “autorização para mero descumprimento dos acordos”.
  • A comissão aprovou as indicações de Diogo Thomson de Andrade, José Levi AmaralCamila Cabral Pires Alves e Carlos Jacques Gomes. Os nomes vão, agora, a Plenário.

Eletrobras x Petrobras. A Eletrobras vai pagar R$ 1,156 bilhão à Petrobras para encerrar uma disputa judicial que durava 13 anos e discutia os juros e correção monetária dos empréstimos compulsórios feitos pela petroleira nas décadas de 1980 a 1990. Entenda


CPI da Braskem. A Comissão Parlamentar de Inquérito para apurar o desastre ambiental causado pela Braskem em em Maceió (AL) será instalada nesta quarta-feira, segundo o senador Otto Alencar (PSD/BA), que presidirá a primeira sessão por ser o mais antigo.

  • Nesta terça-feira, o presidente Lula (PT) criticou a CPI em reunião com o governador de Alagoas, Paulo Dantas (MDB), o senador Renan Calheiros (MDB), o ministro dos Transportes, Renan Filho (MDB), o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP), e o prefeito de Maceió, JHC (PL).

Custo inviabiliza fertilizantes. Os custos de acesso à infraestrutura de gás natural no Brasil inviabilizam, hoje, qualquer projeto gás-químico, como plantas de fertilizantes que usam a molécula como matéria-prima, afirmou o secretário de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis do Ministério de Minas e Energia, Pietro Mendes.

  • “Se conseguíssemos o gás a zero [ou seja, de graça], temos um valor estimado de escoamento e  tratamento de US$ 7,4 o milhão de BTU. Só o custo de processamento e escoamento já inviabiliza”, disse o secretário, em audiência pública na Comissão de Minas e Energia (CME) da Câmara dos Deputados.

Taxação solar e eólica. Módulos fotovoltaicos montados e turbinas eólicas de até 7,5 MW passarão a pagar tarifa de importação de 10,8% a partir de janeiro de 2024, decidiu o Comitê Executivo de Gestão da Câmara de Comércio Exterior (Gecex-Camex).

  • A justificativa é que já existe produção similar no Brasil, tanto para os módulos montados quanto para os aerogeradores.
  • A Tarifa Externa Comum (TEC) vai aumentar em 2025, quando todas as compras fora do país recolherão 11,2% de imposto de importação.
  • A cobrança, no entanto, prevê um período de transição para que o mercado se adapte às novas regras, com cotas de isenção descrescentes até 2027.

Carbono na B3. A bolsa de valores anunciou vai criar uma plataforma para negociação de créditos de carbono em parceria com a ACX Group. O acordo prevê desembolsos por parte da B3 de até R$10 milhões e lançamento no primeiro trimestre de 2024.

  • A plataforma funcionará como um ambiente de negociação entre os emissores dos títulos e empresas que compensam emissões de gases de efeito estufa por meio da aquisição dos ativos no mercado voluntário.
  • Por EPBR