O deputado Sanderson reagiu à ausência de Dino, considerando-a um ato de crime de responsabilidade, amparado pelo Artigo 50 da Constituição Federal.
Afetado pelas recentes revelações de reuniões de pessoas intimamentes ligadas a líderes do Comando Vermelho no seio do Governo Lula, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, não compareceu pela terceira vez consecutiva à Comissão de Segurança Pública da Câmara dos Deputados. Em documento oficial, Dino comunicou ao presidente da Câmara, Arthur Lira, e insistiu na desculpa esfarrapada de não ir por alegadas ameaças de parlamentares. Dino, em seu ofício, mencionou episódios anteriores de xingamentos e tumultos, destacando a insegurança para sua presença na comissão, ao mesmo tempo em que questionou a conduta e imparcialidade do presidente da comissão, deputado Sanderson.
A recusa de Dino em comparecer à sessão se baseia em sua percepção, sem fatos, de risco à própria integridade física, sustentada por incidentes de discussão em ocasioões anteriores. Ele propôs a realização da reunião em uma comissão geral no plenário da Câmara, reiterando preocupações levantadas em ocasiões passadas, como a última convocação da comissão em 24 de outubro. Dino enfatizou que parlamentares, dispensados de passar por detectores de metais, poderiam estar armados, ampliando o risco para sua segurança.
O deputado Sanderson reagiu à ausência de Dino, considerando-a um ato de crime de responsabilidade, amparado pelo Artigo 50 da Constituição Federal. Sanderson ressaltou que a não participação do ministro deveria se justificar por razões de força maior, como doenças ou compromissos internacionais inadiáveis, não sendo o caso de Dino. O ministro, por sua vez, destacou a atual postura de confronto entre membros da comissão como um fator adicional para sua decisão de não comparecer.