Segundo o ministro, que também preside o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a participação de Englert estava “comprovada” nas ações do grupo durante aquele período, recomendando uma pena de 17 anos de prisão
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a anulação da votação que ocorria no plenário virtual da corte a respeito de um réu envolvido nos ataques de 8 de janeiro. Eduardo Zeferino Englert, de 42 anos, enfrentava acusações de associação a um grupo instalado no Quartel General do Exército em Brasília.
Segundo o ministro, que também preside o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a participação de Englert estava “comprovada” nas ações do grupo durante aquele período, recomendando uma pena de 17 anos de prisão.
No entanto, a defesa de Englert apresentou evidências de que o réu não estava presente no local dos fatos nos dias que antecederam o ataque. Marcos Vinicius Rodrigues de Azevedo, advogado do acusado, sustentou que Englert só chegou à capital federal na tarde do próprio dia 8 de janeiro. Um laudo pericial corroborou a versão da defesa, afirmando que Englert saiu de Santa Maria, no Rio Grande do Sul, em 6 de janeiro e chegou a Brasília às 13h45 do dia 8, permanecendo em um Centro de Tradições Gaúchas por aproximadamente uma hora, sem comparecer ao Quartel General do Exército.
Como consequência das novas informações trazidas pela defesa, Moraes solicitou destaque no processo, o que ocasionou a anulação dos votos já computados no julgamento virtual – até então com dois votos pela condenação de Englert. O julgamento foi remarcado para 17 de novembro, desta vez em sessão presencial no plenário do STF.