Kicis questionou a eficácia do alerta norte-americano frente às ações do governo Maduro, expressando ceticismo quanto ao cumprimento dos compromissos assumidos com os EUA para a realização de eleições presidenciais limpas
Em recente transmissão ao vivo, a deputada federal Bia Kicis expressou preocupações sobre o estado atual da democracia na América Latina, com enfoque especial na Venezuela e Argentina.
Referindo-se ao cenário venezuelano, a parlamentar abordou a questão das eleições primárias da oposição, onde María Corina, a principal adversária do atual regime de Maduro, teve sua candidatura anulada pela Suprema Corte. Kicis questionou a eficácia do alerta norte-americano frente às ações do governo Maduro, expressando ceticismo quanto ao cumprimento dos compromissos assumidos com os EUA para a realização de eleições presidenciais limpas.
A situação argentina também foi comentada pela deputada, que destacou uma reviravolta eleitoral desde as primárias. Kicis citou previsões de que a inflação no país poderia atingir marcas alarmantes até 2024 e mencionou o apoio do Brasil às eleições argentinas, levantando questões sobre a influência externa nos processos democráticos. Além disso, sinalizou sua torcida por Javier Milei, candidato que, segundo pesquisas, lidera a disputa eleitoral com uma margem de cinco pontos.
Finalizando sua análise, a deputada trouxe à tona eventos na Nicarágua, onde a esposa do ditador assumiu a liderança da Suprema Corte, em um movimento visto por Kicis como autoritário. As mudanças na cúpula da justiça nicaraguense, promovidas por Daniel Ortega, foram caracterizadas por ela como um golpe, em mais um exemplo da instabilidade política e dos desafios à democracia na região. A deputada concluiu, sem esperanças de uma real democracia na Venezuela e em outros países latino-americanos, ecoando uma preocupação crescente com a governança na região.