A pressão pela saída de Serrano aumentou após uma exposição na Caixa Cultural de Brasília que trazia imagens do presidente da Câmara, senadora Damares Alves e o ex-ministro da Economia Paulo Guedes em uma lata de lixo, gerando desconforto no governo.
O presidente Lula, do Partido dos Trabalhadores (PT), tomou uma decisão importante no Palácio do Planalto. Em acordo com o presidente da Câmara, deputado Arthur Lira, e o centrão, ele demitiu a presidente da Caixa, Maria Rita Serrano. De acordo com a Secom (Secretaria de Comunicação Social), Lula agradeceu pelo seu trabalho e dedicação no exercício do cargo. O cargo será ocupado por Carlos Antônio Vieira Fernandes, economista e funcionário de carreira, indicado por Lira, como parte do esforço do governo de aumentar o apoio no Congresso. Em setembro, Lula já havia entregado ministérios para o PP e o Republicanos, mas as pastas eram consideradas insuficientes pelo centrão.
Maria Rita Serrano desempenhou um papel crucial na recuperação da gestão e cultura interna da Caixa Econômica Federal. Durante sua gestão, o banco viu uma valorização do corpo de funcionários, um aumento de eficiência e rentabilidade, e a ampliação dos financiamentos em diversas áreas, incluindo habitação, infraestrutura e agronegócio. A decisão também veio como um alívio para os articuladores do governo e o ministro Alexandre Padilha, que já haviam apalavrado a mudança com Lira.
Além disso, a pressão pela saída de Serrano aumentou após uma exposição na Caixa Cultural de Brasília que trazia imagens do presidente da Câmara, senadora Damares Alves e o ex-ministro da Economia Paulo Guedes em uma lata de lixo, gerando desconforto no governo. A mudança na Caixa também está relacionada à disputa pelas vice-presidências do órgão, que influenciam nas nomeações locais e na influência nos investimentos nos estados, tornando-se um tema sensível às vésperas das eleições municipais.