A investigação concentrou-se em supostos desvios de R$ 1,5 milhão em recursos públicos federais
A Polícia Federal (PF) conduziu na manhã de sexta-feira (20/10) a Operação Crateras, mirando 20 alvos em busca e apreensão nos municípios de Macapá e Oiapoque (AP). A investigação concentrou-se em supostos desvios de R$ 1,5 milhão em recursos públicos federais. A ordem judicial, emitida pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1), incluiu o afastamento do prefeito de Oiapoque, subprocurador do município, secretários municipais e outros servidores.
Os indícios de irregularidades começaram a surgir em convênios entre o município do Oiapoque e uma empresa de construção, financiados pelo Programa Calha Norte. A PF apurou que, embora cerca de R$ 1,5 milhão tenha sido destinado a esses acordos, as obras nunca foram concluídas. As buscas realizadas durante a operação abrangeram as residências dos servidores públicos, seus familiares, empresas e a Prefeitura do Oiapoque.
A investigação revelou que o esquema, sob o comando do Chefe do Executivo municipal, contava com a cumplicidade de secretários municipais e outros servidores da prefeitura do Oiapoque, que supostamente solicitavam benefícios ilícitos para aprovar medições das obras e pactuar aditivos no contrato, cujos valores supostamente iam para o líder do esquema. O nome da operação se relaciona ao fato de que, apesar dos recursos destinados à manutenção da cidade, o município continua repleto de buracos.