Rachadinha, sempre ela.
O futuro indicado para ocupar a vaga de Rosa Weber no Supremo Tribunal Federal (STF) está prestes a assumir a relatoria de um caso que tem gerado intensa pressão por parte do senador Davi Alcolumbre. Trata-se da investigação sobre a alegada prática de “rachadinha” em seu gabinete, conduzida pela Procuradoria-Geral da República (PGR). Até recentemente, o processo estava sob a supervisão de Luís Roberto Barroso, mas com sua ascensão à Presidência, o mesmo foi redistribuído para a ministra Rosa Weber.
No entanto, a reviravolta aconteceu quando Rosa Weber se aposentou no mesmo dia em que assumiu a relatoria, abrindo caminho para que o indicado por Lula assumisse o posto. A menos que o novo ministro declare algum impedimento, ele assumirá o encargo de conduzir essa investigação que tem sido motivo de tensão entre o Senado e o STF.
Além disso, é importante destacar que Alcolumbre, atual presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), tem adotado uma abordagem estratégica em relação às nomeações de indicados ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), visando pressionar o governo em relação às indicações futuras do procurador-geral da República e do novo ministro do STF. Esses cargos desempenham um papel crucial no processo de investigação da rachadinha, que foi desencadeado em outubro de 2021, quando seis assessoras do gabinete de Alcolumbre revelaram sua participação em esquemas de desvio de salários, conhecidos como rachadinha, prática que permanece em sigilo até hoje, por ordem de Barroso.