Em nota à imprensa, a Marinha do Brasil afirmou que “atos e opiniões individuais não representam o posicionamento oficial da Força”
Ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL) revelou à Polícia Federal (PF) que ocorreu uma reunião entre o ex-presidente e a cúpula das Forças Armadas, onde se discutiram possíveis planos para um golpe de Estado. A Marinha do Brasil emitiu uma nota à imprensa, destacando que as opiniões individuais não representam a posição oficial das Forças Armadas. O ex-assessor afirmou que representantes do Exército, da Marinha e da Aeronáutica teriam sido consultados sobre a possibilidade de intervenção militar para manter Bolsonaro no poder após a perda das eleições, sendo que a Marinha teria apoiado a ideia, enquanto o Exército teria se recusado.
A Marinha esclareceu que não teve acesso ao conteúdo da delação premiada de Mauro Cid e não comenta processos investigatórios em andamento. A instituição reforçou seu compromisso com a observância da legislação, valores éticos e transparência, colocando-se à disposição da justiça para colaborar com as investigações.
As defesas envolvidas também se manifestaram. A defesa de Mauro Cid mencionou as notícias sobre as reuniões com a cúpula militar para avaliar um golpe no país, mas não confirmou o conteúdo dos depoimentos devido ao sigilo. Por sua vez, os advogados de Jair Bolsonaro afirmaram que o ex-presidente jamais compactuou com movimentos ilegais, sempre atuando dentro dos limites da Constituição Federal e do Estado Democrático de Direito. Eles prometeram adotar medidas judiciais contra manifestações caluniosas.
A CNN entrou em contato com Exército e Aeronáutica, mas até o momento não obteve retorno sobre o assunto.