O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta segunda-feira (18) em evento realizado na cidade de Nova York, nos Estados Unidos, que o acordo com a União Europeia pode defender o Mercosul de um resultado “exótico” na eleição argentina

Nesta segunda-feira (18), em um evento realizado na cidade de Nova York, nos Estados Unidos, foi afirmado pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que o acordo com a União Europeia pode ser usado para a proteção do Mercosul contra um resultado “exótico” nas eleições argentinas. Não foi feita menção por Haddad a Javier Milei, que emergiu como vencedor nas prévias na Argentina. Este candidato expressou em entrevistas sua opinião de que o Mercosul é um fracasso comercial, gerando preocupações sobre a possível retirada do país vizinho do bloco caso ele seja eleito.

A possibilidade de o Mercosul sobreviver se torna incerta caso o acordo não seja concretizado e a Argentina experimente um resultado eleitoral “exótico”, como expressou Haddad. Entretanto, com o acordo em vigor, é possível que o resultado eleitoral não tenha poder suficiente para desmantelar o bloco Mercosul, conforme mencionado pelo ministro. Haddad sustentou que a expansão do Mercosul só pode ocorrer por meio desse acordo, tornando o bloco mais atraente para outras nações sul-americanas.

Com os termos do acordo estabelecidos, o Mercosul se transformará em Mercosul-União Europeia sob a chancela dos países, mudando assim a percepção de outras nações, como a Colômbia e o Chile, em relação ao bloco.

Em relação à perspectiva econômica do Brasil, o ministro mencionou que a economia brasileira tem potencial para crescer acima da média mundial, levando em consideração a qualidade ambiental. Ele enfatizou a convicção de que o Brasil pode alcançar um crescimento superior a outros países, mantendo uma qualidade ambiental exemplar. Haddad também destacou as medidas e a agenda que o governo federal está implementando para promover a transição ecológica, incluindo a regulamentação do mercado de carbono, a emissão de títulos verdes e a taxonomia.

O ministro proferiu essas declarações durante sua participação no encontro “Brasil na Liderança da Justiça Climática: A Economia Brasileira Rumo à Transformação Ecológica”.