Decisão foi tomada pela Secretaria Municipal de Educação do Rio de Janeiro
Após a controvérsia gerada pela apresentação de cunho sexual em uma escola do Rio de Janeiro, foi decidido pela Secretaria Municipal de Educação carioca, na noite de terça-feira (29), o afastamento dos diretores de quatro escolas da cidade onde ocorreu a polêmica performance. Os gestores serão afastados de suas posições até que uma sindicância conduza a investigação do caso.
As direções dos Centros Integrados de Educação Pública (Ciep’s) Luiz Carlos Prestes e Gustavo Capanema, assim como das escolas municipais Marechal Estevão Leite de Carvalho e Rivadavia Correia, foram temporariamente retiradas de suas funções. Desde a divulgação das imagens, que se espalharam pelas redes, a administração educacional carioca tomou a medida de proibir futuras apresentações do grupo responsável pela polêmica.
A investigação busca compreender o motivo pelo qual um espetáculo anunciado como de classificação livre apresentou conteúdo considerado inadequado para os alunos, conforme apontado pela secretaria de educação carioca.
SOBRE O CASO
Imagens da performance, compartilhadas nas redes sociais, mostram crianças reunidas no pátio do Centro Integrado de Educação Pública (Ciep) Luiz Carlos Prestes, na Zona Oeste do Rio, enquanto um homem é “galopado” por uma mulher usando uma máscara de cavalo.
Na sequência, a mulher inicia uma dança ao som de uma música com letras sugestivas, como “vem mulher, vem galopando, que o cavalo tá gostando” e “o cavalo ficou danado, galopa de frente, galopa de lado”. A natureza sexual da letra e da dança gerou controvérsia online, com diversas pessoas reagindo negativamente à exposição de crianças a tal “atração cultural”.
O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD), expressou sua indignação e repúdio ao conteúdo da apresentação. Ele afirmou que a escola é um local de estudo para as crianças e proibiu futuras apresentações do grupo nas escolas municipais.
Segundo informações do deputado federal Luiz Lima (PL-RJ), foi constatado que houve o recebimento de dinheiro público pela Companhia Suave na Educação, que é responsável pela apresentação musical de teor inadequado para crianças no CIEP Luiz Carlos Prestes, localizado no Rio de Janeiro. Um documento que indica a realização de um repasse de R$ 50 mil foi compartilhado pelo parlamentar em suas plataformas de mídia, evidenciando que esse montante foi direcionado por meio de uma de suas representantes, Alice Ripoll, que detém uma microempresa registrada em seu nome.
Agora, cabe à Secretaria de Cultura e à Prefeitura a tarefa de esclarecer se esse recurso de R$ 50 mil foi realmente destinado ao projeto que visa oferecer o conteúdo controverso nas escolas municipais. Essa situação serve para agravar ainda mais a posição da Prefeitura do Rio de Janeiro, a qual se vê na obrigação de fornecer explicações sobre o assunto, conforme afirmou Luiz Lima.