Reconhecido internacionalmente, artista plástico concebeu impressão em tela denominada “Constituição” e disse que pretende provocar reflexão sobre a importância dos direitos para uma sociedade justa e fraterna
O artista plástico Eduardo Kobra, reconhecido internacionalmente por pinturas com forte enfoque social, presenteou o Supremo Tribunal Federal (STF) com uma obra denominada “Constituição”. Trata-se de uma impressão em tela, também chamada de fine art em Canvas, com 20 centímetros de altura por 100 centímetros de cumprimento.
A obra foi recebida pela presidente da Corte, ministra Rosa Weber, e integrará o acervo artístico do Supremo, bem como ficará disponível para ser apreciada pelos visitantes do tribunal.
Em carta enviada à presidente do STF, Kobra explicou que uma das mais importantes funções da arte é provocar reflexão e que, como artista, escolhe com responsabilidade os temas de suas obras. E relembrou que o objetivo do texto constitucional é assegurar os direitos dos cidadãos e garantir uma sociedade justa e fraterna.
“Recordo aqui o bonito texto do preâmbulo da nossa Constituição Federal de 1988. Ali temos a definição de que os constituintes estavam cumprindo o trabalho como ‘representantes do povo brasileiro'”. E que o “Estado Democrático” instituído tem como objetivo “assegurar o exercício dos direitos sociais e individuais, a liberdade, a segurança, o bem-estar, o desenvolvimento, a igualdade e a justiça como valores supremos de uma sociedade fraterna, pluralista e sem preconceitos, fundada na harmonia social e comprometida, na ordem interna e internacional, com a solução pacífica das controvérsias. Que Constituição, esta minha obra, sirva como lembrete disto – a todos os que pararem para contemplá-la.”
Ele afirmou ainda que, em sua obra, a Constituição está no centro e ao seu redor os cidadãos brasileiros “em toda a sua diversidade, pluralidade, beleza e alegria”. “Afinal, é por nós e para nós que a lei existe e todos precisamos sentir que somos o Brasil, ainda que cada qual pense de um jeito ou seja de um jeito. Esta é a maravilha da vida em sociedade.”
O artista disse que, ao conceber a obra, refletiu sobre a Constituição e sobre o papel daqueles que têm a missão de garantir sua aplicação.
“Da concepção à finalização, enquanto criava ‘Constituição’ refletia sobre a nossa Carta Magna e sobre como as autoridades precisam ser zelosas guardiãs para que ela sobreviva, sobretudo em tempos de desinformação e tantas controvérsias. Como artista, também sinto que preciso emprestar meu talento na defesa de nosso Estado Democrático. E todos nós, cidadãos, temos o dever e o direito de usufruir a
sociedade em sua plenitude.”
Por portal Novo Norte