Senador usou rede social para criticar declaração do ministro do STF
A recente declaração do Ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, gerou uma reação adversa, especialmente do Senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e do Deputado Federal Nikolas Ferreira (PL-MG). Barroso, durante um congresso da União Nacional dos Estudantes (UNE), no qual foi recebido com vaias por um grupo de profissionais da enfermagem, respondeu declarando: “Nós derrotamos a censura, nós derrotamos a tortura, nós derrotamos o bolsonarismo para permitir a democracia e a manifestação livre de todas as pessoas”.
Bolsonaro criticou a postura do ministro através das redes sociais, onde afirmou que Barroso protagonizou “o maior ato antidemocrático da história do Brasil”. Em paralelo, o Deputado Ferreira anunciou a intenção da oposição em lançar um pedido de impeachment contra Barroso, alegando que o ministro cometeu o crime de “exercer atividade político-partidária”, conforme previsto na Lei 1079/50. Ele argumentou que, se a justiça fosse cumprida, a perda de cargo para Barroso seria inequívoca.
Em resposta à controvérsia gerada, o STF divulgou uma nota buscando esclarecer a declaração do ministro. Afirmaram que Barroso, ao mencionar que “derrotamos o bolsonarismo”, referia-se ao voto popular, e não a uma ação de instituições judiciárias. Paralelamente, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), manifestou seu descontentamento com as palavras de Barroso, considerando-as “inadequadas, inoportunas e infelizes”, e pediu uma retratação do magistrado. Pacheco ressaltou que, como juiz da Suprema Corte, Barroso deveria evitar declarações políticas e deixá-las para os “sujeitos políticos”.
Por portal Novo Norte