Quando neste mês de maio de 2023 Jourdan Norton Wellington de Barros
Amora completou 85 anos de idade e 50 de casamento com Eva de Lourdes Santana Amora, viuse que, ainda jovem, muito jovem, nos anos de 1950, começou sua batalha no jornalismo já que
não dispunha de quaisquer recursos através de quem quer que seja, a não ser os ensinamentos
de seu querido pai Geógrafo de Barros Amora, que lhe deu as garantias necessárias para que o
menino nascido em Araçuaí – MG pudesse descobrir seus caminhos com suas próprias pernas.
Tudo começou muito cedo. As colunas de jornal escritas por Jourdan,
certeiras em suas denúncias e, em geral, revelavam os amplos interesses, diligência e inteligência
de um homem cheio de ardor e sentimentos nobres. É plenamente sabido que toda pessoa,
sobretudo o jornalista, tem várias facetas, e as colunas de jornal tendem a esconder alguns
homens que sentiam suas compaixões. Quem convive com Jourdan Amora nesses mais de 60
anos de jornalismo percebe, sem qualquer medo de errar, a visão de sua sensibilidade, com
freqüência, sempre trazendo-lhe lágrimas aos olhos.
Os amigos constantemente falam de como Jourdan sempre se preocupou
em ser atencioso para com aqueles que precisavam de ajuda e carinho. Muitos, dizem que a
generosidade é a principal característica do jornalista junto àqueles em que ele sabe que o enxerga
como um homem firme e digno. Com essa particularidade e a extrema vocação profissional
adotada ao longo desses anos, Jourdan também ficou conhecido como um exemplar chefe de
família, ao transmitir aos seus dois filhos tudo que aprendeu e construiu dentro de A Tribuna e,
assim, Gustavo Santana Amora e Luiz Jourdan Amora tocam o barco nesse momento difícil que
passa a imprensa no Brasil.
Com sua posição política na juventude é, após o movimento dos militares
o início dos anos 1960, Jourdan pagou caro com prisões e ameaças. Todavia, jamais se curvou
às pressões com que conviveu. Por isso, hoje faz parte da história política da cidade com respeito
e admiração. A obra mostra que a vida de Jourdan pode ser dividida em até quatro fases: 1- a dos
anos 1950 enquanto predominava o entusiasmo da juventude pelo jornalismo, 2- o período de
1960 com as mudanças de regime, casamento e o início em A Tribuna, 3- quando, de fato, mostrou
o seu destino definitivo, como profissional já respeitado na imprensa niteroiense e, 4- a
consolidação familiar e profissional que levou seus dois filhos, que nasceram praticamente dentro
da redação.
Mesmo assim, Jourdan não para, diariamente apresenta seus Editoriais
sempre fazendo críticas construtivas à administração pública, do município, do estado e no âmbito
federal. Sua preocupação com a classe sempre foi destacada, levando-o a criar o Museu da
Imprensa, a ser o fundador da ABRAJORI (Associação Brasileira de Jornais do Interior) e a
ADJORI (Associação Estadual de Jornais do Interior), todas instituições que permanecem no uso
de suas atribuições. Não se falando, também, na criação do cinquentenário Jornal de Icaraí.
Por fim, na batalha empreendida por Jourdan, essa forma em que pode
servir de exemplo não é a melhor de ensinar, mas, sim, é a única forma de ensinar. Jamais
misturou interesses pessoais com sua atividade jornalística. Nunca foi nomeado por qualquer
governante, coisa que seria fácil de acontecer dada sua atuante participação como proprietário de
jornal. O consagrado Jornalista Carlos Castelo Branco, ó Castelinho, era procurador de importante
autarquia federal e sua mulher era procuradora do Tribunal de Contas da União. O competente
jornalística Alberto Torres, ex dono de O Fluminense, era Procurador do Estado RJ. Houve tempo
que jornalistas eram presenteados até com Cartórios. Jourdan Amora é jornalista, sempre só foi
jornalista.
PARABÉNS JOURDAN, O FUTURO SÓ ESTÁ COMEÇANDO!..