Anfavea se preocupa com a falta de reação do mercado de varejo na compra de veículos novos
De acordo com a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), o primeiro trimestre do ano foi um período de trabalho limitado para as montadoras com fábricas no Brasil.
O relatório publicado, nesta segunda-feira (10), pela instituição fala em uma produção acumulada de cerca de 50 mil unidades abaixo dos níveis pré-pandemia.
Foram produzidos 8% de carros a mais que no início de 2022, mas quando os veículos pesados são o assunto, houve uma redução no volume de produção de 30% em comparação ao mesmo período do ano passado.
A Anfavea lista alguns problemas no setor, como a paralisação de montadoras e cancelamentos de turnos, problemas estes causados pela falta de demanda na venda de automóveis.
– Nesses três primeiros meses tivemos oito paralisações de fábrica e dois cancelamentos de turno, algo semelhante às paradas verificadas no início de 2022. A diferença é que no ano passado o motivo era somente a falta de componentes, enquanto agora já há outros fatores provocando férias coletivas, como o resfriamento da demanda – afirma o presidente da Anfavea, Márcio de Lima Leite.
Segundo ele, há expectativas de melhoras, principalmente pelas vendas feitas para locadoras de veículos que estão com uma demanda reprimida considerável. Ainda assim, Leite não acredita que essas locadoras poderão sustentar os volumes das montadoras e que o varejo precisa reagir.
– A fotografia do momento seria pior se não fossem as boas vendas para locadoras em março, 28% do total. Essas empresas ainda têm uma considerável demanda reprimida, mas isso não vai sustentar nossos volumes por tanto tempo; caso não haja uma reação mais forte no varejo, o que depende de melhorias nas condições de financiamento, entre outras medidas para reaquecer o mercado – analisa.
Por portal Novo Norte