Sigla perderá a cadeira da Câmara de Belo Horizonte após fraude com candidaturas femininas
O Partido Renovador Trabalhista Brasileiro (PRTB) foi condenado por fraudar a cota de gênero nas eleições municipais de 2020 em Belo Horizonte (MG).
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) anulou os mandatos dos vereadores da sigla que foram eleitos, incluindo Uner Augusto, suplente do deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG).
Ferreira foi eleito pelo PRTB em 2020, mas não fez parte da formação da chapa. Ainda assim, foi bastante acusado nas redes sociais e precisou vir a público esclarecer que, mesmo se estivesse como vereador, não seria atingido pela decisão do TSE.
– Não fiz parte da formação da chapa de vereadores, isso é responsabilidade do partido. Portanto, não tenho nenhuma culpa. E nem inelegível eu ficaria. Inclusive o tribunal tem o mesmo entendimento, gênios. Não precisei de nenhum voto da minha chapa, graças a Deus, fiz minha própria cadeira – explicou ele que quase perdeu o mandato ao trocar de partido.
DECISÃO DO TSE
A decisão do TSE foi dada, na última sexta-feira (31), por unanimidade. Ela atende a um recurso apresentado pelo Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) no sentido de reverter o entendimento do Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais (TRE-MG).
Com a decisão, todos os candidatos vinculados ao Demonstrativo de Regularidade de Atos Partidários (DRAP) do Diretório Municipal do PRTB na capital mineira serão cassados.
Além disso, todas as mulheres cujos dados foram utilizados para lançar candidaturas falsas foram declaradas inelegíveis. Elas são: Vanusa Dias de Melo, Débora Patrícia Alves de Araújo, Najla Rodrigues da Silva dos Santos e Rosilane de Paula Silva de Moura.
A decisão a qual Nikolas se refere é sobre a nulidade dos votos que, para o TSE, são todos os que foram obtidos pelas chapas proporcionais, votos estes que o parlamentar não precisou.
Nikolas Ferreira foi eleito com 29.388 votos, sendo o segundo vereador mais bem votado da capital mineira.
Por portal Novo Norte