Ex-deputado chamou a ministra de “bruxa de Blair”, “Lúcifer” e a comparou a “prostitutas vagabundas”
A Justiça Eleitoral de São Paulo aceitou denúncia do Ministério Público Eleitoral (MPE) e tornou réus o ex-deputado Roberto Jefferson e sua filha, a ex-deputada Cristiane Brasil, por críticas feitas contra a ministra Cármen Lúcia, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Nas declarações acerca da ministra, Jefferson a chamou de “bruxa de Blair”, “Lúcifer” e a comparou a “prostitutas vagabundas”. Na ocasião, ele tecia críticas à magistrada devido ao voto dela favorável à censura à Jovem Pan. Sua filha, Cristiane Brasil, por sua vez, compartilhou o vídeo do pai, e chamou a ministra de “bruxa horrorosa” na legenda.
A denúncia foi aceita pelo juiz substituto da 258ª Zona Eleitoral, Paulo Furtado de Oliveira Filho. Ele considerou a existência de “há indícios de autoria e elementos probatórios quanto à materialidade do crime”. Para o magistrado, as críticas também tinham objetivos eleitorais, devido à “divulgação poucos dias antes do segundo turno da eleição presidencial” e ainda porque Cristiane Brasil se candidatou ao “cargo de deputada Federal por São Paulo e utilizado a conta ‘crisbrasilreal’ previamente informada ao TRE-SP para fins eleitorais.
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A decisão corrobora a posição da promotora Annunziata Alves Iulianello, da 258ª zona eleitoral de São Paulo, que considerou grave ofensa à “honra da Excelentíssima ministra Cármen Lúcia, com inúmeros insultos relacionados ao exercício da função de magistrada e com menosprezo e discriminação à sua condição de mulher”.